Enquanto o petista Camilo Santana (senador e ministro da Educação do governo Lula) se preocupa em matematizar, arquitetar e lotear o Estado com seus amigos políticos; enquanto Camilo (enquanto governador do Ceará) aumentou o imposto previdenciário de 11% para 14% de desconto em folha da PM e demais servidores do Estado; enquanto o petista Elmano de Freitas (governador do Ceará) cria diversas secretarias para acomodar aliados, aumenta ICMS e faz empréstimo bilionário para pagar dividas de um Estado que era estável e, agora, está quebrando: a PM — os servidores — continuam a fazer/em o seu papel, só que, agora, de forma extraordinária: salvando vidas, salvando uma criança.
Não sei se devemos apenas elogiar o militar dedicado e comprometido com sua missão, atitude e acertividade ou também nos surpreender com o silêncio do governador e demais autoridades que mais uma vez têm a oportunidade de reconhecer que estes são os guerreiros e darem à estes o mérito de as coisas não estarem mais desmanteladas do que estão.
Fato é que a questão de Segurança Pública deixou de ser uma questão de urgência para uma questão de emergência. De dia parece que tá de noite e à noite parece que tá de madrugada.
O Ceará todo está carente de liderança que imponha o Estado. Não há mais espaço para a família, para o lazer. Há muitas praças sendo reformadas pelas Prefeituras, como em Fortaleza, com tudo iluminado, tudo novo e moder — muito bonito, mas o Estado não chega.
Seria, então, um ano oportuno para permitir um clima de instabilidade na Capital em face do processo eleitoral que se avizinha e/ou apenas a decepção de não conseguirmos elaborar estudos que viabilizem projetos e ações que executem melhor os quase R$ 5 bilhões em orçamento para Segurança Pública no Ceará, e dar alguma resposta para a população?
Não seria o momento do Ceará ouvir os representantes eleitos, como o governador do Ceará Elmano de Freitas, vice-governadora Jade Romero (MDB) e a equipe Executiva do Estado, o secretariado?
Ah, e o policial… sabe aquele paletó bonito, fino e caro — o que utilizam para ir ao Sereia de Ouro ou uma solenidade na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará ou no Palácio da Abolição? Ele poderia ser utilizado numa homenagem ao sniper da Polícia Militar do Estado do Ceará (Que orgulho seria! Quanta horna e prestígio a família deste que — certamente — estudou e treinou muito para evitar tragédia).
Para reflexão: imaginemos que tudo tivesse transcorrido ao contrário. Já pensou se ele erra o tiro? Já pensou se ele erra o alvo, mas acerta a criança? Já pensou se o pior acontece com a criança que estava sob eminente ameaça? Em minutos a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) do Ceará estaria acionada, o governador teria se manifestado nas redes sociais e a opinião pública estaria pronta para o discurso voluntário do caos.
Parabéns, Sniper!
Parabéns, PM!
Lamentável, governador!