Eleito sob forte apoio de Roberto Cláudio, José Sarto e Camilo Santana em 2020, ainda quando havia fiel aliança entre PDT, PT e PSB, o vereador Léo Couto (PSB) decidiu declarar admiração ao estilo de gestão do ex-prefeito e opositor do governador Elmano de Freitas (PT), Roberto Cláudio (PDT).
As palavras de Couto durante o aparte concedido pelo vereador Carlos Mesquita, Líder do Prefeito Sarto Nogueira (PDT) na Câmara Municipal de Fortaleza, inicialmente, se apresentam como críticas, mas durante sua fala a ambiência concluiu-se por apreço e reconhecimento. Ele disse que RC é, depois de Juraci Magalhães (in memorian), o “melhor prefeito que Fortaleza já teve”, portanto o melhor em vida.
Léo Couto entrelaça suas palavras que soam como aproximação ao governo Sarto, cujo interesse é, também, de fortalecer suas bases pelo projeto maior que é a continuidade do que vem dando certo. Projeto esse iniciado por Ciro Gomes (PDT), que criou lideranças políticas que conduzissem um processo diplomático e orgânico, ao tempo em que viabilizasse a execução de projetos de gestões de outras lideranças políticas desenvolvidas ao longo do processo. Dada prova é que Ciro criou Cid, que criou Camilo e Izolda, que criaram Elmano. Assim como na Prefeitura de Fortaleza, com a derrota de Elmano para Roberto Cláudio, que impediu a sucessão do PT de Luizianne Lins (deputada federal). E, em seguida, dedicou-se à continuidade do projeto de Ciro com a eleição de Sarto.
Ao que tudo indica, Léo aprendeu que política se faz com vínculos e quer se aproximar de RC e Sarto ou perdeu-se no tempo, está ficando de escanteio no campo minado do Governo do Estado, e quer chamar a atenção, pensando que política ainda se faz com holofote direcionado para si.
Léo concluiu sua fala sem apontar uma benfeitoria que Elmano – aparente alvo de seu gesto – tenha feito em quase 10 meses de gestão, sequer citou que Camilo e Elmano aumentaram o ICMS e o imposto dos servidores e aposentados do Estado de 11% para 14%. Ele também não afirmou que Elmano não dará continuidade a nenhuma obra de Camilo Santana ou Izolda Cela.